Que é que se passa
Artigo/entrevista de António Tavares Teles publicada em O Jogo
-"Baptista da Silva:"Não tenho nada contra Sequeira Nunes, palavra de honra"
Primeiro foi a notícia de que a Sequeira Nunes, ex-presidente do Belenenses, foi negada a atribuição da Cruz de Cristo de Ouro - a mais alta condecoração do clube justamente da Cruz de Cristo - pelo Conselho Geral presidido pelo major Baptista da Silva.
Em seguida, a de que o referido Sequeira Nunes se demitiu do seu cargo de vice-presidente de vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, que vinha exercendo desde que deixou as suas anteriores funções ao actual presidente da Direcção azul, Cabral Ferreira.
Sendo que sobre isto muito pouco transpirou cá para fora. Não só sobre as verdadeiras razões da recusa, mas sobretudo sobre as razões da demissão de Sequeira Nunes.
Pelo que era interessante ouvir os dois. Começando por Baptista da Silva, naturalmente.
- Que é que se passa? Porque foi negada a Cruz de Cristo de Ouro a Sequeira Nunes?
- Vai-me desculpar, mas não queria pronunciar-me sobre esse assunto.
- Diga-me apenas: o critério para a não atribuição da Cruz foi o de que um sócio não pode receber essa distinção se não for sócio honorário do clube?
- É verdade, o critério adoptado foi exactamente esse.
- Mas parece que é facto que outros belenenses receberam a Cruz de Cristo de Ouro sem serem sócios honorários...
- Bom, este critério foi definido em Setembro último, embora já fosse esse o espírito. Mas é verdade que houve de facto alguns sócios, e estou a lembrar-me de três - Manuel Ramos, o dr. Coelho da Fonseca e José Vale - que receberam efectivamente a Cruz de Cristo de Ouro sem serem sócios honorários, mas em circunstâncias muito excepcionais. Olhe, por exemplo o dr. Coelho da Fonseca até recebeu a Cruz a título póstumo, a fim de não termos de ficar um ano à espera para poder atribuir-lha, após ter sido nomeado sócio honorário.
- E quanto a Sequeira Nunes...
- Quanto a Sequeira Nunes o que posso dizer-lhe é que não estiveram de forma alguma em causa nem os serviços distintos que prestou ao clube nem a sua dedicação à causa belenense.
- Não tem nada pois contra ele...
- Nada, seguramente nada! Sob a minha palavra de honra!
PS - Tinha ainda uma última questão para pôr ao major Baptista da Silva, no sentido de saber se a decisão tomada o fora por unanimidade ou não. Mas a comunicação telefónica interrompeu-se no momento em que me despedia dele e lha quis, então, pôr. Lamentavelmente não mais consegui reatar o contacto.
Sequeira Nunes"Sobre o assunto da Cruz de Cristo não falo"
Quanto a Sequeira Nunes, agora.
Tinha uma pequena lista de questões para pôr-lhe, igualmente.
As seguintes:
1. Quais eram as razões da sua demissão de vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral do Belenenses?
2. Essas razões estão ligadas à recusa, por parte do Conselho Geral do clube, de atribuir-lhe a Cruz de Cristo de Ouro?
3. Se é verdade que a outros belenenses, sem serem sócios honorários, foi atribuída a Cruz, por que razão acha que não lha atribuíram a si?
4. Pensa que há alguma má-vontade contra si, no Conselho geral?
E falei com ele. Porém, recusou-se a responder. Apenas dizendo:
- Ao longo de cinco anos em que presidi à direcção do Belenenses, sempre que quis falar comigo para pôr as questões que entendesse, em manifestei-me totalmente disponível. Sobre este assunto, contudo, tenho de dizer-lhe que não, porque não quero de forma alguma pronunciar- me sobre tal assunto. Peço-lhe pois que compreenda a minha posição, que é definitiva, está bem?
E pronto. "
-"Baptista da Silva:"Não tenho nada contra Sequeira Nunes, palavra de honra"
Primeiro foi a notícia de que a Sequeira Nunes, ex-presidente do Belenenses, foi negada a atribuição da Cruz de Cristo de Ouro - a mais alta condecoração do clube justamente da Cruz de Cristo - pelo Conselho Geral presidido pelo major Baptista da Silva.
Em seguida, a de que o referido Sequeira Nunes se demitiu do seu cargo de vice-presidente de vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, que vinha exercendo desde que deixou as suas anteriores funções ao actual presidente da Direcção azul, Cabral Ferreira.
Sendo que sobre isto muito pouco transpirou cá para fora. Não só sobre as verdadeiras razões da recusa, mas sobretudo sobre as razões da demissão de Sequeira Nunes.
Pelo que era interessante ouvir os dois. Começando por Baptista da Silva, naturalmente.
- Que é que se passa? Porque foi negada a Cruz de Cristo de Ouro a Sequeira Nunes?
- Vai-me desculpar, mas não queria pronunciar-me sobre esse assunto.
- Diga-me apenas: o critério para a não atribuição da Cruz foi o de que um sócio não pode receber essa distinção se não for sócio honorário do clube?
- É verdade, o critério adoptado foi exactamente esse.
- Mas parece que é facto que outros belenenses receberam a Cruz de Cristo de Ouro sem serem sócios honorários...
- Bom, este critério foi definido em Setembro último, embora já fosse esse o espírito. Mas é verdade que houve de facto alguns sócios, e estou a lembrar-me de três - Manuel Ramos, o dr. Coelho da Fonseca e José Vale - que receberam efectivamente a Cruz de Cristo de Ouro sem serem sócios honorários, mas em circunstâncias muito excepcionais. Olhe, por exemplo o dr. Coelho da Fonseca até recebeu a Cruz a título póstumo, a fim de não termos de ficar um ano à espera para poder atribuir-lha, após ter sido nomeado sócio honorário.
- E quanto a Sequeira Nunes...
- Quanto a Sequeira Nunes o que posso dizer-lhe é que não estiveram de forma alguma em causa nem os serviços distintos que prestou ao clube nem a sua dedicação à causa belenense.
- Não tem nada pois contra ele...
- Nada, seguramente nada! Sob a minha palavra de honra!
PS - Tinha ainda uma última questão para pôr ao major Baptista da Silva, no sentido de saber se a decisão tomada o fora por unanimidade ou não. Mas a comunicação telefónica interrompeu-se no momento em que me despedia dele e lha quis, então, pôr. Lamentavelmente não mais consegui reatar o contacto.
Sequeira Nunes"Sobre o assunto da Cruz de Cristo não falo"
Quanto a Sequeira Nunes, agora.
Tinha uma pequena lista de questões para pôr-lhe, igualmente.
As seguintes:
1. Quais eram as razões da sua demissão de vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral do Belenenses?
2. Essas razões estão ligadas à recusa, por parte do Conselho Geral do clube, de atribuir-lhe a Cruz de Cristo de Ouro?
3. Se é verdade que a outros belenenses, sem serem sócios honorários, foi atribuída a Cruz, por que razão acha que não lha atribuíram a si?
4. Pensa que há alguma má-vontade contra si, no Conselho geral?
E falei com ele. Porém, recusou-se a responder. Apenas dizendo:
- Ao longo de cinco anos em que presidi à direcção do Belenenses, sempre que quis falar comigo para pôr as questões que entendesse, em manifestei-me totalmente disponível. Sobre este assunto, contudo, tenho de dizer-lhe que não, porque não quero de forma alguma pronunciar- me sobre tal assunto. Peço-lhe pois que compreenda a minha posição, que é definitiva, está bem?
E pronto. "
