Há Petróleo no Restelo !!!!
Artigo de opinião do meu estimado Amigo Carlos Barbosa, publicado em comentário no blog Canto Azul ao Sul:
Esta "estória" do petróleo no Restelo, para além de revelar alguma surpresa cínica associada a um certo zelo farisaico da parte de alguns escribas da nossa praça, denota também, em minha opinião, uma profunda ignorância sobre a evolução da situação económica e financeira do Belenenses na última década.
Com efeito, em meados da década de 90, de acordo com as contas apresentadas pela Direcção do Clube (após a desastrosa gestão Matias e não só...), o CFB tinha, em moeda actual, uma dívida a terceiros de cerca de 10 milhões de euros, dos quais perto de 4,2 milhões eram dívidas ao Estado, sobretudo referentes ao não pagamento de impostos.
Ao longo dos últimos 9 anos, as sucessivas Direcções do Belenenses foram paulatinamente pagando essas dívidas do passado – para além de satisfazerem os compromissos entretanto assumidos – ou seja, o Clube foi obrigado a disponibilizar, em média, um montante anual de 1 milhão de euros para amortizar essa pesada dívida que o aventureirismo e a incompetência de gestões anteriores tinham legado.
Esse milhão de euros por ano foi pago pelo Clube à custa de receitas próprias que não puderam ser utilizadas para outros fins, o que nos custou, entre outras coisas, uma descida de divisão no futebol e a dificuldade de competir no respectivo mercado de contratações. No final de 2004, segundo o Relatório e Contas apresentados pelo Clube, essa dívida de 10 milhões estava praticamente saldada (a excepção é uma dívida residual de cerca de 280 mil euros para com o Estado, enquadrada no chamado Plano Mateus).
A actual situação financeira do CFB não foi portanto obtida através de um passe de mágica, nem da descoberta de qualquer jazida de petróleo. Ela foi obtida por meio de um longo processo que envolveu muito trabalho, dedicação, sofrimento, suor e certamente lágrimas de bastantes pessoas ligadas ao Belenenses, entre as quais é justo salientar os Presidentes Ramos Lopes e Sequeira Nunes, cuja coragem e determinação foram decisivas para tornar possível a recuperação da credibilidade do Clube, em termos financeiros, económicos e desportivos. A presente situação financeira do CFB permite assim a libertação de cerca de 1 milhão de euros por ano que poderão, a partir de agora, ser utilizados para os fins que a Direcção considerar mais convenientes.
Um milhão de euros pode parecer relativamente pouco para algumas pessoas menos atentas.
Mas a verdade é que tal quantia representa cerca de um quarto do orçamento da SAD azul.
A explicação de muito do que se está a passar no Belenenses passa por aqui...
Esta "estória" do petróleo no Restelo, para além de revelar alguma surpresa cínica associada a um certo zelo farisaico da parte de alguns escribas da nossa praça, denota também, em minha opinião, uma profunda ignorância sobre a evolução da situação económica e financeira do Belenenses na última década.
Com efeito, em meados da década de 90, de acordo com as contas apresentadas pela Direcção do Clube (após a desastrosa gestão Matias e não só...), o CFB tinha, em moeda actual, uma dívida a terceiros de cerca de 10 milhões de euros, dos quais perto de 4,2 milhões eram dívidas ao Estado, sobretudo referentes ao não pagamento de impostos.
Ao longo dos últimos 9 anos, as sucessivas Direcções do Belenenses foram paulatinamente pagando essas dívidas do passado – para além de satisfazerem os compromissos entretanto assumidos – ou seja, o Clube foi obrigado a disponibilizar, em média, um montante anual de 1 milhão de euros para amortizar essa pesada dívida que o aventureirismo e a incompetência de gestões anteriores tinham legado.
Esse milhão de euros por ano foi pago pelo Clube à custa de receitas próprias que não puderam ser utilizadas para outros fins, o que nos custou, entre outras coisas, uma descida de divisão no futebol e a dificuldade de competir no respectivo mercado de contratações. No final de 2004, segundo o Relatório e Contas apresentados pelo Clube, essa dívida de 10 milhões estava praticamente saldada (a excepção é uma dívida residual de cerca de 280 mil euros para com o Estado, enquadrada no chamado Plano Mateus).
A actual situação financeira do CFB não foi portanto obtida através de um passe de mágica, nem da descoberta de qualquer jazida de petróleo. Ela foi obtida por meio de um longo processo que envolveu muito trabalho, dedicação, sofrimento, suor e certamente lágrimas de bastantes pessoas ligadas ao Belenenses, entre as quais é justo salientar os Presidentes Ramos Lopes e Sequeira Nunes, cuja coragem e determinação foram decisivas para tornar possível a recuperação da credibilidade do Clube, em termos financeiros, económicos e desportivos. A presente situação financeira do CFB permite assim a libertação de cerca de 1 milhão de euros por ano que poderão, a partir de agora, ser utilizados para os fins que a Direcção considerar mais convenientes.
Um milhão de euros pode parecer relativamente pouco para algumas pessoas menos atentas.
Mas a verdade é que tal quantia representa cerca de um quarto do orçamento da SAD azul.
A explicação de muito do que se está a passar no Belenenses passa por aqui...
