segunda-feira, julho 18, 2005

Gonçalo Brandão a caminho do Charlton

Artigos de Francisco Frederico no Jornal O Jogo:
- "Gonçalo Brandão a caminho do Charlton
O central seguiu ontem para Inglaterra para se submeter a um período de experiência no emblema inglês que determinará a conclusão de um acordo de empréstimo. Em paralelo, a SAD belenense pretende acertar uma renovação contratual
O central Gonçalo Brandão partiu ontem ao final da tarde para Londres, onde irá ser observado durante os próximos 15 dias pelo treinador do Charlton. O emblema da Premier League recolheu informações sobre o jovem jogador, mas, como é próprio dos britânicos, prefere ver primeiro o atleta em acção.
Produto das escolas do Belenenses, Brandão sabia que não iria ficar no plantel, sobretudo depois da contratação de Vasco Faísca e, de comum acordo com a SAD belenense, aceitou ser emprestado por forma a poder jogar com regularidade e continuar a ser chamado às selecções jovens.
Além do acerto do empréstimo, a administração azul está interessada em renovar-lhe o contrato - como fez com Eliseu e Jorge Tavares antes de serem cedidos ao Varzim e ao Olivais e Moscavide -, por forma a precaver-se de uma eventual saída a custo zero no final da próxima época.
Ainda em Itália, o jovem jogador reconhecera a O JOGO a inevitabilidade de ter de partir: "Era difícil ficar no plantel, com uma concorrência tão forte. O Pelé, para mim, é o melhor central a jogar em Portugal, e há ainda o Gaspar, o Rolando e o Vasco, para não falar nas adaptações. Tenho pena de ir embora, mas se o Belenenses conseguir algo de importante, vou ficar orgulhoso porque sinto que faço parte deste grupo."
A experiência de vivida durante o estágio permitir-lhe-á, todavia, encarar o futuro com outra confiança: "Adorei estar em Itália. Foi muito importante, pude jogar na minha posição, com grandes jogadores, numa equipa que irá dar que falar. Os novos jogadores foram espectaculares. Aprendi muito com o 'mister'. Aliás, foi o treinador com quem mais aprendi até agora, assim como com o professor Miguel Cardoso. Mesmo sabendo que vou ser emprestado, foi enriquecedor participar nesta pré-época."
- Uma equipa, dois sistemas
....... A partir do 4-4-2 familiar aos atletas que transitaram do último ano, foi possível adoptar um outro, o 4-3-3, face às novas opções disponíveis no plantel.
O principal objectivo, afirmou Carvalhal, residiu na transmissão de princípios de jogo, não tendo havido uma preocupação em experimentar um onze aproximado ao definitivo. Em abono da verdade, pese a exiguidade do grupo, escolher uma equipa não será fácil, embora alguns elementos possam ter lugar de caras nas primeiras escolhas do técnico.
Assim sendo, O JOGO avança com um onze possível, com base na observação dos treinos e ressalva das naturais oscilações de forma dos atletas: Marco Aurélio; Amaral, Pelé, Gaspar e Vasco Faísca; Rui Ferreira, Pinheiro, Djurdjevic e Silas; Meyong e Ahamada. O mesmo conjunto de jogadores poderia perfeitamente adaptar-se ao outro sistema, com pouco mais de duas ou três trocas posicionais. Mas há também, como é evidente, atletas com maior aptidão para o outro figurino táctico. Aí, poderão entrar em acção Fábio Januário, cuja capacidade para dar amplitude ao ataque pelo flanco esquerdo ficou comprovada, assim como Romeu, pela facilidade de movimentação numa posição de sacrifício na frente. Paulo Sérgio, velocista nato, também entraria nestas contas, embora já tenha provado à saciedade ser capaz de interpretar qualquer papel seja qual for palco.
Ao contrário do esperado inicialmente, Pinheiro parece não ser o concorrente directo de Silas pelo lugar de número 10, mas antes Zé Pedro, que deverá ocupar a sua posição predilecta após uma temporada a jogar sobre a meia esquerda.
No meio-campo, sobram ainda Ricardo Araújo, Rúben Amorim e Sandro Gaúcho como alternativa, mas já na defesa pouco haverá a mexer até ao início do Campeonato salvo se Sousa voltar a revelar-se mais forte no lado esquerdo do que o jogador (Vasco Faísca) teoricamente favorito para assumir a posição. "
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