quarta-feira, novembro 09, 2005

Brandão vale 800 mil euros.... Bruno Moraes no sonho azul....

Artigo publicado em A Bola
Charlton deve exercer direito de opção
O Belenenses pode ter um Natal mais recheado, caso, como tudo indica, o Charlton exerça o direito de opção sobre o jovem Gonçalo Brandão, o que tem de acontecer até 31 de Dezembro, embora os ingleses possam definir a situação mais cedo, sabendo eles que, para isso, têm de desembolsar 800 mil euros. Embora ainda não tenha actuado pela primeira equipa do clube esta época em jogos oficiais — já jogou, porém, vários particulares —, certo é que Gonçalo Brandão tem sido presença assídua na equipa de reservas, que, curiosamente, lidera este campeonato. O seu empenho no trabalho diário, assim como os registos nos jogos, têm impressionado o manager do clube, Alan Curbishley, e os seus 18 anos levam os ingleses a catalogar Gonçalo Brandão como uma aposta segura. A sua polivalência, de resto, também é, naturalmente, levada em conta, sabendo-se que Gonçalo Brandão, apesar de defesa-central, actua igualmente a lateral-esquerdo. Em Inglaterra, de resto, o jogador tem sido utilizado em ambas as posições. Assim sendo, os azuis podem encaixar brevemente 800 mil euros. É uma questão de dias. Conversa no balneário O grupo azul, entretanto, regressou ontem de manhã ao trabalho, mas, antes de pisar o relvado número 2, esteve à conversa no balneário durante cerca de 40 minutos, sendo o tema principal, está bom de ver, a forma como cedeu o empate com o Boavista. E o facto da equipa ocupar, agora, um lugar abaixo da linha de água, também não deverá ter passado despercebido. Afinal, é muito pouco para quem quer... a Europa.

Artigo de Rodrigo Cortez publicado em O Jogo
- " Bruno Moraes no sonho azul
Em Janeiro, o Belenenses vai procurar colmatar as lacunas do actual plantel. Avançados precisam-se e, nesse caso, um dos nomes na lista até poderá ser o de Bruno Moraes, um "velho amigo" de Couceiro. Assim seja a vontade do FC Porto...
O reforço da frente de ataque vai ser uma das prioridades do Belenenses durante a reabertura do período de inscrições, a decorrer entre 1 e 31 de Janeiro. Neste momento, o plantel azul conta apenas com dois pontas-de-lança, Meyong e Romeu, o que, para José Couceiro, é manifestamente curto, tendo em conta os esquemas tácticos a que recorre com frequência - por exemplo, no FC Porto, na última temporada, não foram poucas as vezes em que actuou com dois ao mesmo tempo, quase sempre Postiga e McCarthy. Além do mais, Meyong deverá falhar algumas jornadas da Liga devido à (mais do que provável) convocatória da selecção dos Camarões para a Taça de África das Nações, a decorrer entre 20 de Janeiro e 10 de Fevereiro.
Perante este cenário, hipótese a considerar seria o reeditar no Restelo da dupla Meyong/Bruno Moraes, ambos treinados por Couceiro na primeira metade da última temporada, em terras do Sado. O camaronês foi invariavelmente titular nas primeiras jornadas, mas o brasileiro estreou-se no onze inicial à 5.ª jornada e, mais à frente, entre a 13.ª e a 19.ª, só por duas vezes não foi titular. É um jogador que, em tempos, mereceu diversos elogios do actual técnico do Belenenses e, se o FC Porto considerar a hipótese de emprestar o atleta, o Belenenses estará à frente na fila de interessados... "
-"Afundados por uma mudança de trajectória
Foi a dois minutos do fim do Belenenses-Boavista. Os azuis tinham acabado de abrir o marcador, mas João Pinto pegou na bola, ainda longe da área, e tentou a sua sorte. O remate parecia fácil de defender, mas um Marco Aurélio estranhamente desastrado encarregou-se de "assegurar" o empate, resultado que prevaleceu até final. Conclusão prática a retirar: se a bola não tivesse mudado de trajectória no "tiraço" do "menino de ouro", como explicou o guardião, os azuis tinham ganho o jogo e estariam, neste momento, com 12 pontos, em décimo lugar; mas... mudou e, como consequência, encontram-se agora abaixo da linha da água, com dez pontos, na 15.ª posição.
Após o treino da manhã de ontem - nos Sub-21, Paulo Sérgio foi o único ausente -, o guardião tentou explicar o fatídico lance. "Neste jogo, foi um erro mais grave" do que frente ao Sporting, confessou, não deixando de explicar que "houve uma mudança de trajectória" da bola. "Não há muito a explicar, só quem anda lá dentro é que percebe como são estas coisas", disse, não se esquecendo de concordar que o aperfeiçoamento das próprias bolas, no sentido de as tornar "mais leves e velozes", tem "dificultado a acção dos guarda-redes." Quanto à incómoda posição da equipa, Marco Aurélio recorda que "há, para jogar, mais de dois terços do Campeonato" e que "as equipas estão muito próximas umas das outras". Como tal, "não há que desesperar". Imperioso será "controlar a ansiedade e a pressão", até porque "a qualidade existe".
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