quarta-feira, outubro 19, 2005

Protestos no Restelo, BR no balneário !!!

Artigo publicado em A Bola
Presidente não está satisfeito com a equipa e garante que a administração vai agir internamente
Barros Rodrigues no balneário
Ambiente pesado no Belenenses, naquele que foi o primeiro treino após a derrota com a Naval. As duas dezenas de adeptos presentes no Restelo manifestaram o desagrado com os recentes resultados, depois de três desaires consecutivos. O presidente da Administração, Barros Rodrigues, foi presença notada no curto ensaio e esteve à conversa com Carlos Carvalhal durante alguns minutos. Após as declarações de um adepto mais fervoroso, o dirigente não escondeu a insatisfação com o actual momento da equipa. «A mensagem que pretendo passar é a de que estamos atentos às situações e actuámos de forma interna com o grupo. Não somos parvos e não vamos ficar de braços cruzados. Mas, como é óbvio, não vou entrar em detalhes», afirmou o dirigente, que não se alongou mais. Ainda assim, e ao que A BOLA apurou, Barros Rodrigues esteve ontem, antes do treino, no balneário à conversa com o plantel e equipa técnica. O momento é delicado e todas as baterias estão apontadas para o jogo de sexta-feira, com o Rio Ave. Uma partida de grande importância para os azuis, que pretendem inverter o ciclo negativo. Após a sessão ligeira, Carlos Carvalhal começa hoje, à porta fechada, a ultimar pormenores para a partida

Artigos de Francisco Frederico publicados em O Jogo
-"Protestos no Restelo
Dia agitado no Restelo. Jogadores, treinador e presidente da SAD foram alvo da frustração dos sócios azuis, que não se contiveram face à terceira derrota consecutiva da equipa
Tal como se previa, a má carreira da equipa - três derrotas consecutivas - não passou ao lado da SAD, que garantiu ontem, pela voz do seu presidente, Barros Rodrigues, ter "actuado junto do grupo de trabalho". O dirigente não quis alongar-se, por entender estar em causa um "assunto do foro interno", mas não evitou alguns desabafos aos jornalistas, logo depois de ter ouvido as críticas de um sócio: "Pensam que nós não interviemos? Não somos parvos, nem estúpidos! Estamos atentos às situações. Podem ter a certeza que não vamos ficar de braços cruzados, embora não queira entrar em pormenores." De acordo com aquilo que O JOGO apurou, o presidente da SAD dos azuis reuniu-se com a equipa técnica e os capitães momentos antes do treino da tarde, mas a questão, embora aflorada, nem foi o assunto principal da conversa.
No final do apronto vespertino - durante a manhã, o treino para os jogadores que não defrontaram a Naval ou actuaram durante pouco tempo foi dirigido por Joaquim Murça - , foi a vez de Carvalhal ser confrontado com o desalento de outro sócio, que serviu de porta - voz a um grupo de cerca de 20, os quais, durante a sessão, expressaram toda a sua frustração em relação aos maus resultados e ao facto de a equipa, no seu entender, trabalhar pouco.
No plano clínico, Djurdjevic ficou a saber, depois de ter sido submetido a uma ecografia, que tem um estiramento na coxa direita e não deverá defrontar a Naval, enquanto Silas permanece em dúvida.
-"Três desaires seguidos só há quase dois anos
O Belenenses está a mostrar de novo, esta época, como é capaz do melhor e do pior. E de novo porque parece haver um padrão pelo menos nas últimas três temporadas: a equipa entra bem no Campeonato, chega a cirandar pelos lugares cimeiros da tabela, mas protagoniza uma queda abrupta ainda antes do primeiro terço da temporada.
A irregularidade de resultados tem sido uma constante e a prova mais flagrante está nas últimas jornadas, com três derrotas consecutivas (FC Porto, fora, Estrela da Amadora, casa, e Naval, fora) depois do mesmo número de... vitórias (Leiria, casa, Penafiel, fora, Guimarães, casa). Esta série negra é, aliás, a pior de Carlos Carvalhal, que nunca tinha perdido tantas vezes seguidas desde a sua chegada ao Restelo - no máximo, esteve três jogos sem ganhar. A última sequência de três desaires sucessivos dos azuis para o Campeonato remonta a Janeiro de 2004 (Rio Ave, fora, Paços de Ferreira, casa, e Braga, fora), quando eram comandados pelo sérvio Bogicevic, que só se manteria à frente da equipa por mais um jogo, na Amadora, onde acabaria por empatar (2-2) depois de ter estado a vencer por 2-0.
Como é evidente, a classificação ressentiu-se nas últimas semanas, com um trambolhão do quinto lugar - ocupado nas primeiras rondas da Liga - para o actual 12º posto, pelo que o próximo jogo, no Restelo, diante do Rio Ave, assume vital importância, porquanto poderá constituir (em teoria) a melhor oportunidade para o Belenenses voltar a ganhar nos próximos tempos. É que, em seguida, os lisboetas terão de deslocar-se à Vila das Aves, para a Taça de Portugal, e a Braga, recebendo depois o Boavista e o Marítimo, antes da visita ao Estádio da Luz.

Artigo de Carla Pereira publicado no Record
- " ADEPTOS DESAGRADADOS
SAD e Carvalhal confrontados
Desagrado. A derrota dos azuis ante a Naval – a terceira consecutiva – levou os adeptos, que assistiram ao treino vespertino de ontem, a manifestar o seu desagrado pela forma como a equipa está a jogar e pelos resultados obtidos. Assim sendo, “exigem” uma vitória na sexta-feira, ante o Rio Ave.
Duas dezenas de sócios esperaram pelo início da sessão – prevista para as 16.30, mas que só começou às 17 horas porque Carvalhal conversou com o plantel – e não se coibiram de manifestar o seu desânimo, criticando atletas e equipa técnica. Um dos lamentos prende-se com o facto de o grupo ter folgado após as derrotas com o Estrela e Naval.
Record sabe que SAD e direcção também não gostaram dos últimos desempenhos da equipa.
Conversas
O líder da SAD, Barros Rodrigues, foi confrontado por um adepto que lhe manifestou o seu descontentamento, o mesmo sucedendo com Carvalhal no final da sessão, tendo o técnico conversado durante alguns minutos com um sócio que lhe perguntou qual é o futuro da equipa...
Face a este ambiente tenso, Barros Rodrigues e Jaime Monteiro reuniram com Carvalhal e com os capitães antes do treino.“Não somos parvos nem estúpidos. Estamos atentos e actuámos junto do grupo. Não estamos de braços cruzados”, disse Barros Rodrigues.
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