O Avô, o Pai e o "irmão".....
Artigo de Francisco Frederico no Jornal O Jogo:
- "Antchouet não teme ser chamado à Justiça
O avançado gabonês considera, todavia, os dirigentes azuis como parte integrante da sua família, mas deseja compreensão para que não arruínem um sonho de "quem se mata a trabalhar"
Antchouet acertou ontem os últimos detalhes da transferência para o Alavés, clube com o qual rubricou contrato válido para as próximas quatro épocas. O goleador gabonês cumpriu um sonho antigo - evoluir num campeonato superior ao português - e mantém-se determinado a levar os seus intentos por diante, pouco preocupado com aquilo que o Belenenses possa fazer para ver reconhecidos os direitos que afirma ter sobre o jogador. "Compreendo que eles queiram ir para os tribunais. Por mim, não há problema. Não tenho medo de ir para a Justiça e acatarei a decisão. Aliás, tenho todo o interesse em resolver esta questão o mais rapidamente possível.", revelou Antchouet a O JOGO, perfeitamente convicto de ter a razão do seu lado.
O avançado africano, é sabido, tem uma interpretação diferente da cláusula de opção inclusa no contrato que assinou em 2002, mas também acusa os dirigentes da altura de terem faltado com a palavra. "A SAD actual herdou algo que desconhecia. Na altura em que assinei, perguntei se o contrato afinal era de cinco anos e se os valores discriminados naquela cláusula não iriam, mais tarde, trazer-me problemas. Disseram-me para ficar descansado: a opção serviria, se eu não tivesse clubes interessados, apenas como uma base para a discussão de uma eventual renovação. Não me tinham dito que era obrigado a ficar. No fundo, estava convencido de que a opção seria bilateral. Portanto, confiei nas pessoas da altura, será isso um crime?", defende o jogador, apontado o dedo ainda ao facto de nunca lhe ter sido facultada um versão em francês ou inglês do contrato para poder ser previamente analisado pelo seu representante legal.
Agora que as posições ameaçam extremar-se, Antchouet apenas pede para que entendam a sua posição e mostra-se esperançado num rápida resolução deste imbróglio: "Compreendo a posição de Barros Rodrigues [presidente da SAD], mas no meu lugar o que fariam? Acreditar no que está escrito ou na palavra dos dirigentes? Que raio de homem seria se aceitasse isto só para agradar quando sei que me disseram algo diferente? Na verdade, incomoda-me entrar nesta discussão com pessoas pelas quais nutro profunda respeito e estima. Até tive de chatear o pobre do Casaca durante as férias, ele que é como um irmão para mim e cumpriu sempre com o prometido. Esse sentimento estende-se a Sequeira Nunes e Barros Rodrigues. Para mim, um é como um avô e o outro um pai. O Belenenses é uma grande instituição, ao pé da qual sou muito pequenino. Comecei tarde nesta profissão e todo sabem o quanto me mato todo os dias para conseguir algo neste mundo. Não acredito que queiram arruinar-me a carreira."
Nota do Editor: Tinha decidido colocar um ponto final na novela Antchouet, mas perante esta entrevista que tem no meu entender tanto de rídiculo quanto patética, não resisti a publicar este artigo.
Outro argumento que cai pela base refere-se a querer ir para França par estar junto da familia, e depois vem com a treta de que era bem tratado no Restelo que Sequeira Nunes, Barros Rodrigues e Rui Casaca eram como : O Avô, o Pai e o "irmão".....
Estou consciente que a SAD não embarcará nesta conversa mole e fará prevalecer os direitos do Clube lutando por estes até às últimas instâncias.
- "Antchouet não teme ser chamado à Justiça
O avançado gabonês considera, todavia, os dirigentes azuis como parte integrante da sua família, mas deseja compreensão para que não arruínem um sonho de "quem se mata a trabalhar"
Antchouet acertou ontem os últimos detalhes da transferência para o Alavés, clube com o qual rubricou contrato válido para as próximas quatro épocas. O goleador gabonês cumpriu um sonho antigo - evoluir num campeonato superior ao português - e mantém-se determinado a levar os seus intentos por diante, pouco preocupado com aquilo que o Belenenses possa fazer para ver reconhecidos os direitos que afirma ter sobre o jogador. "Compreendo que eles queiram ir para os tribunais. Por mim, não há problema. Não tenho medo de ir para a Justiça e acatarei a decisão. Aliás, tenho todo o interesse em resolver esta questão o mais rapidamente possível.", revelou Antchouet a O JOGO, perfeitamente convicto de ter a razão do seu lado.
O avançado africano, é sabido, tem uma interpretação diferente da cláusula de opção inclusa no contrato que assinou em 2002, mas também acusa os dirigentes da altura de terem faltado com a palavra. "A SAD actual herdou algo que desconhecia. Na altura em que assinei, perguntei se o contrato afinal era de cinco anos e se os valores discriminados naquela cláusula não iriam, mais tarde, trazer-me problemas. Disseram-me para ficar descansado: a opção serviria, se eu não tivesse clubes interessados, apenas como uma base para a discussão de uma eventual renovação. Não me tinham dito que era obrigado a ficar. No fundo, estava convencido de que a opção seria bilateral. Portanto, confiei nas pessoas da altura, será isso um crime?", defende o jogador, apontado o dedo ainda ao facto de nunca lhe ter sido facultada um versão em francês ou inglês do contrato para poder ser previamente analisado pelo seu representante legal.
Agora que as posições ameaçam extremar-se, Antchouet apenas pede para que entendam a sua posição e mostra-se esperançado num rápida resolução deste imbróglio: "Compreendo a posição de Barros Rodrigues [presidente da SAD], mas no meu lugar o que fariam? Acreditar no que está escrito ou na palavra dos dirigentes? Que raio de homem seria se aceitasse isto só para agradar quando sei que me disseram algo diferente? Na verdade, incomoda-me entrar nesta discussão com pessoas pelas quais nutro profunda respeito e estima. Até tive de chatear o pobre do Casaca durante as férias, ele que é como um irmão para mim e cumpriu sempre com o prometido. Esse sentimento estende-se a Sequeira Nunes e Barros Rodrigues. Para mim, um é como um avô e o outro um pai. O Belenenses é uma grande instituição, ao pé da qual sou muito pequenino. Comecei tarde nesta profissão e todo sabem o quanto me mato todo os dias para conseguir algo neste mundo. Não acredito que queiram arruinar-me a carreira."
Nota do Editor: Tinha decidido colocar um ponto final na novela Antchouet, mas perante esta entrevista que tem no meu entender tanto de rídiculo quanto patética, não resisti a publicar este artigo.
Outro argumento que cai pela base refere-se a querer ir para França par estar junto da familia, e depois vem com a treta de que era bem tratado no Restelo que Sequeira Nunes, Barros Rodrigues e Rui Casaca eram como : O Avô, o Pai e o "irmão".....
Estou consciente que a SAD não embarcará nesta conversa mole e fará prevalecer os direitos do Clube lutando por estes até às últimas instâncias.