terça-feira, dezembro 06, 2005

Dilemas de Couceiro

Artigo publicado em Record
- "PAULO SÉRGIO E PELÉ DE FORA
José Couceiro assumiu o comando técnico do Belenenses na deslocação a Braga. Mais de um mês depois, o treinador não conseguiu repetir um único onze e, face aos castigos de Paulo Sérgio e Pelé, a situação irá manter-se em Setúbal. Com uma “nuance”: o modelo táctico parece encontrado.
A recepção ao Nacional marcou o início de triunfos na era Couceiro, com o pormenor de, pela primeira vez, os azuis terem completado dois jogos sem consentir golos. E apenas com uma alteração em relação à formação que arrancou o nulo na Luz: Meyong, regressado após castigo, por Romeu. Contudo, quando parecia encontrada uma estrutura, o técnico debate-se com novos problemas.
Se a substituição de Pelé não deve causar grande preocupação – Gaspar é o sucessor natural –, já a vaga deixada em aberto por Paulo Sérgio tem vários concorrentes: Pinheiro, Djurdjevic ou José Pedro surgem como alternativas.
Após promover o ingresso de Fábio Januário no onze, as colocações de Rui Ferreira e Ruben Amorim deram mais consistência ao meio-campo de um conjunto à procura de estabilidade para recuperar na tabela classificativa.

Artigo publicado em A Bola
- "José Couceiro e Meyong regressam a um palco ideal
Visitante sem cerimónias
O Belenenses, que não vence fora de casa há quase três meses, dado que o último triunfo nessa condição aconteceu em Penafiel, à terceira jornada do campeonato, no dia 12 de Setembro, vai defrontar a moralizadíssima equipa do Vitória de Setúbal no próximo fim-de-semana. Um palco que suscita, certamente, preocupação entre os de Belém, mas que pode ser visto, igualmente, como o terreno ideal para actuar na condição de visitante. Desde 13 de Outubro de 1996 que o Belenenses não perde na casa do Vitória de Setúbal. Um golo de Ayew e outro de Paulo Sérgio selaram o resultado a favor dos sadinos. Os azuis não voltaram a facilitar e desde então averbaram dois empates e três vitórias, a última das quais na temporada passada, por 2-1, com golos de Juninho Petrolina e Marco Paulo, a favor, e Manuel José, contra. Pois bem, boas perspectivas, pelo menos com base na tradição, para a equipa de José Couceiro e Meyong, que vão regressar a uma casa que muito os notabilizou. O treinador conduziu muitíssimo bem a carreira dos sadinos, tanto assim que acabaria por mudar-se para o Dragão, onde treinou o FC Porto, e o ponta-de-lança, com os seus golos, conquistou o respeito e admiração de emblemas rivais, como é o caso dos azuis. O Belenenses começa esta manhã a preparar essa difícil deslocação e o treinador, José Couceiro, não contará com jogadores importantes, pelo que deve aproveitar o trabalho semanal para encontrar a melhor forma de suprir ausências como as de Pelé e Paulo Sérgio, que se encontram castigados. Ahamada continua em recuperação de lesão, Ruben Amorim e Paulo Sérgio estão no estágio da Selecção B, em Rio Maior

Artigos de Francisco Frederico publicados em O Jogo
- " Ahamada prioritário
A recuperação de Ahamada é a grande prioridade do departamento clínico dos azuis para o jogo com o Vitória de Setúbal, agendado para a próxima segunda feira, às 20h30. Com Paulo Sérgio castigado, as opções de Couceiro para as alas diminuem drasticamente, e o francês é dos poucos que podem fazer o lugar do internacional Sub-21. Quanto ao substituto de Pelé, deverá ser Gaspar, que formará assim uma dupla de centrais inédita na Liga com Rolando. Hipótese mais remota reside na aposta em Djurdjevic para a lateral-esquerda, levando Vasco Faísca a regressar à sua posição de origem.
-" Meyong "conquistou" metade dos pontos
O camaronês Meyong, segundo melhor marcador da Liga, é o "responsável" por metade dos pontos (sete) amealhados até agora pelo Belenenses. Dos nove golos marcados até agora pelo profícuo avançado, seis deles tiveram efeitos práticos para a classificação dos azuis (ver quadro), contribuindo para três vitórias - a última das quais diante do Nacional - e um empate, frente ao Boavista. Quanto aos restantes três golos, serviram apenas para confirmar um triunfo, frente ao Penafiel, ou atenuar derrotas, diante da Naval e do Rio Ave, sendo estas, de resto, as únicas duas ocasiões em que os do Restelo não conseguiram pontuar, mesmo com a ajuda do seu goleador.
O pecúlio do dianteiro africano representa quase 65 por cento dos tentos belenenses, que, em dez jogos - só falhou dois, por castigo -, fez o gosto ao pé em seis deles, com direito a "bis" por duas vezes, ante o Leiria e o Guimarães, durante um período áureo, em que marcou em três jornadas consecutivas (2.ª, 3.ª e 4.ª).
A pior fase do avançado, que coincidiu com a da equipa, começou à quinta jornada, na deslocação ao Dragão (derrota por 2-0). A partir daqui, a cadência dos remates certeiros diminuiu, mas ainda deu para "picar o ponto" em quatro partidas. Além disso, durante a sua ausência, para cumprir dois jogos de castigo, o Belenenses não marcou qualquer golo. O jejum só foi quebrado na última jornada, graças à inspiração do camaronês, que deu os três pontos à sua equipa... mesmo deitado no relvado.
Golos que valeram pontos
Jornada/ adversário /resultado/ golos /consequência
2ª /Leiria/3-1/2/2 pontos
4ª/Guimarães/3-1/2/2 pontos
10ª/Boavista/1-1/1/1 pontos
13ª/Nacional/1-0/1/2 pontos
Total= 7 pontos
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