quinta-feira, outubro 27, 2005

VERGONHA....

OS RESERVAS do DESP. das AVES CHEGARAM PARA ELIMINAR OS PRETENSOS "PROFISSIONAIS" DO BELENENSES !!!!!
Artigo publicado no Record
- "EQUIPA DA CASA DEU-SE AO LUXO DE ABDICAR DO ONZE BASE
D. Aves-Belenenses, 1-0: Pareceu um gozo com seis reservas
Um grupo solidário, uma táctica uniforme e, claro, o triunfo. Em Taça de Portugal, não era preciso melhor. Foi perfeito. O D. Aves segue em frente com todo o mérito, deixando para trás uma equipa da Liga. Nem sempre constituiu surpresa, tende até este efeito a esbater-se, mas há equipas que não resistem aos grandes argumentos de conjuntos dos escalões inferiores. Isto passou-se exactamente nas Aves.
Com uma particularidade: Neca utilizou na equipa titular seis elementos (Mota, Filipe Anunciação, Rui Figueiredo, David, Octávio e Hernâni) habitualmente suplentes ou não convocados.
Há uma leitura óbvia. O treinador sabe que a Liga de Honra, onde é 6.º classificado, é a sua prioridade e decidiu prevenir-se. Mas ao lançar tanta gente ávida de mostrar serviço, sabia que poderia surpreender o oponente. E assim foi.
Com um dado suplementar interessante. Neca assentou a equipa num 4x3x3 e nunca abdicou dele. Nem mesmo quando Carlos Carvalhal lançou homens de ataque, subtraindo as unidades mais defensivas do meio-campo. Realmente, era muita gente a procurar o golo. Mas faltava ordem e disciplina. Carvalhal viu isso quando ficou exasperado com a atitude de um dos seus atletas.
Neste último dado entronca algo fundamental. “Temos ambição de ganhar e vamos ganhar”, avisou Carvalhal, na projecção do jogo.
Não foi assim. O Belenenses tem um plantel com potencial para claramente mais e precisa de outra ambição. É um facto que reagiu ao golo, mas todas as equipas reagem. Muito ou pouco. Não se compreende é a forma passiva como começou por abordar o jogo...
Árbitro
– Paulo Pereira (1)Erro grave ao não expulsar Ricardo Araújo quando derrubou em falta David, avançado que seguia isolado para a área. Mesmo sem influência no resultado, conseguiu, em faltas e decisões disciplinares, prejudicar as duas equipas.

Artigo de Alcides Freire publicado em O Jogo
- " Sem truques na manga
O mais certo é que hoje todos se refiram ao Aves como um dos "tomba-gigantes" da IV eliminatória da Taça de Portugal, mas essa é uma designação que faz apenas sentido no plano teórico. Em 90 minutos, a equipa da Liga de Honra foi o verdadeiro "gigante", reduzindo o Belenenses a quase nada na primeira parte e aguentando firme a reacção final da equipa do escalão superior. No fundo, o filme habitual em tantos outros jogos da segunda competição portuguesa, mas que apesar do recorrente argumento tem ainda quem caia na história. Ontem, tudo se repetiu...
A perder por 1-0 desde os 20 minutos - sem que o adversário tivesse feito muito por isso, é um facto -, o Belenenses demorou outros cinco a corrigir o erro que pareceu óbvio desde os primeiros passos do jogo. Meyong e Romeu eram dois avançados fáceis de anular no sentido em os ataques morriam invariavelmente no meio-campo, onde era notória que a força de vontade do Aves era superior à de um "miolo" azul pouco obreiro, ainda que mais numeroso. O 4x4x2 em que Carlos Carvalhal "espalhou" a equipa desde o início perdeu todo e qualquer sentido após o golo avense e o treinador percebeu rapidamente, optando por isso pela entrada de Fábio Januário. Uma mudança que revelou-se natural e óbvia como a reacção de quem perde e sabe que tem a obrigação de vencer. Ainda assim, o Belenenses não foi além de três remates para fora, pouco assustando o Aves.
O mérito do Aves na construção da vantagem não precisava do demérito do Belenenses. Com cinco jogadores habitualmente suplentes na equipa titular - só a defesa se manteve inalterável... -, Neca deixou por aí a dose de risco, mantendo a estrutura táctica com que habitualmente disputa a Honra. Durante o jogo foi apenas refrescando as unidades, colocando em campo um trinco titular, trocando um ala desgastado por um avançado fresco e fazendo entrar um médio-ofensivo por outro de características semelhantes. Carlos Carvalhal começou com o 4x4x2, mudou para o 4x3x3, passou pelo 4x2x4 e acabou com a decisão aliada ao desespero de fazer um central subir para a posição de ponta-de-lança.
Por tudo isto, não faz sentido falar em surpresa. Só a espaços o Belenenses foi melhor e a mais significativa subida de rendimento notou-se, curiosamente, nos minutos seguintes ao golo de Hernâni. Mota, que até costuma ser o guarda-redes suplente do Aves, não teve sequer uma daquelas noites para recordar. Quanto muito fez uma defesa. Pouco trabalho, sinal óbvio de que os mais fortes no plano teórico nunca saíram do papel...

Se conseguirem continuar a ler, cliquem em:
http://www.ojogo.pt/21-248/Artigo506493.htm
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